Divulgo resposta a dileto amigo, postada no facebook, sobre o tema que posso definir como: serenidade e fortalecimento da democracia - ou onde eu estaria em 1964?
"As vassouras levaram o país à ditadura e por isso sou firme opositor delas.
Estamos em lados opostos, prezado amigo.
É lamentável que as pessoas não percebam o grau de manipulação (e despolitização/alienação) que a bandeira udenista de "vassouras"e "caçadas a marajás" envolve.
No lugar do sério debate sobre o aperfeiçoamento do Judiciário a opinião pública segue a "onda" da "limpeza" em um processo de pressão sobre um Poder que de fato carece de profunda transformação, mas ainda é o fiel da balança dos direitos que as grandes corporações e burocracias insistem em negar à maioria sofrida de nosso povo.
As novas cartas desta etapa crítica da globalização são jogadas a partir da perspectiva de que direitos solenemente declarados em Cartas Constitucionais configuram empecilhos à estabilidade econômica. Confundir, pois, a população em geral, identificando o Judiciário com o estuário dos "bandidos de toga", termina por prestar significativo desserviço à democracia, na linha dos vários atentados contemporâneos à independência deste Poder, porque os juízes têm sido os garantes destes direitos, especialmente os sociais (trabalhistas, previdenciários etc.), instituindo barreiras ã força insinuante do capital.
As mazelas do Poder Judiciário, sem dúvida graves, - e as de todos os segmentos da sociedade - não serão superadas, salvo por procedimentos claros, conforme as regras constitucionais, mas enfraquecer o Judiciário importa em tornar frágil a própria democracia.
E a democracia dispensa "heróis".
Nela não há lugar para "vassouras", é o que a história nos ensina (1964).
Geraldo Prado"
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