domingo, 24 de junho de 2012

Justiça - documentário

Depois de quase três anos voltei a participar de um debate sobre o documentário Justiça, da diretora Maria Augusta Ramos, filmado em 2003 e exibido a partir de 2004.
O debate teve lugar na Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 1a. Região (Rio de Janeiro), no dia 19 de junho, e contou com a participação dos juízes trabalhistas recém empossados.
Amanhã, 25 de junho de 2012, estarei participando de novo debate, desta vez com os Delegados de Polícia que estão no Curso Superior de Polícia Integrada, também no Rio de Janeiro.
Tanto tempo decorrido - nove anos - e ainda hoje lembro do meu espanto e desencanto por ocasião da exibição do resultado de cem horas de gravação, em um belíssimo e justamente premiado trabalho de direção, edição e produção da Guta Ramos, com duração de cem minutos.
O juiz que eu vi retratado ou "refletido" era muito diferente da autoimagem (dimensão imaginária) que eu cultivava e esta imagem revelava pouco ou quase nada de uma pretendida clivagem academia - judiciário - movimentos populares (dimensão simbólica).
Compreender isso foi fundamental para mim e sinalizou a necessidade de aprofundar e radicalizar mudanças pessoais que deixassem mais nítida minha postura em face das práticas autoritárias de que a Justiça Criminal é "legítima" herdeira (dimensão real).
Mais maduro e com o olhar determinado por outro(s) ângulo(s), debater a partir do Justiça está contribuindo para aprofundar as minhas reflexões sobre as necessárias mudanças por que deve passar o Sistema Criminal em tempos de autoritarismo disfarçado, mas nem por isso menos nocivo.








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