domingo, 25 de abril de 2010

Início


Bem... em todo começo há alguma dose de insegurança. E é como eu me sinto. Inseguro.
Um pouco porque não há "uma" resposta para a pergunta: por quê (man)ter um blog?
Vaidade?! Como professor e magistrado eu não acredito que possa escapar da vaidade.
Não quero, porém, ser dominado por ela de modo tal a acreditar que o "mundo gira ao meu redor" (esquizofrenia aguda)!
Há, sim, algo de vaidade, mas suponho que haja também a crença de que um pouco da história de cada um de nós pode ajudar alguém, hoje desconhecido, a encontrar-se e a encontrar o próprio caminho.
Não me esqueço das dificuldades do início, como estagiário de direito, em um corredor quilométrico de fórum do Rio, sem janelas, eu pequeno me sentindo menor, mal acomodado em um terno horrível e sem saber a quem recorrer! Recorrer para que?
Talvez para compreender a minha escolha (Direito?), ou para aprender com ela ou ter esperanças a partir dela! Pensei em desistir.
Entre 1978 e 2010 muita água rolou e o que posso dizer é que estou feliz pela escolha e por ter perseverado.
Mas isso é outra história!
O antes e o durante (remoto e recente) podem ajudar aos que, como eu, não dispondo de bolas de cristal ou de ciganas confiáveis apostam na sorte, em si próprios, nos colegas e amigos, e nos amores que vão compondo a biografia irreversível, esta identidade misto de conhecido e desconhecido que somos cada um de nós!
Proponho que o blog seja assim. Compartilhar "pedaços" da minha história e receber, de quem eventualmente se dê ao trabalho de ler, um pouco da história do Outro para chegar a entender o professor, juiz, carioca, marido, pai, filho e avô, além de apaixonado por futebol (e por tudo o que disse antes!) e o que mais eu sou.
Ou pode vir a ser algo diferente. Os blogs são assim... indomesticáveis!
Boa tarde!!!

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